POESÓ

TUDO PODE VIRAR PÓ
OU
POEMA





















domingo, 4 de maio de 2014

ALPINISTA

ALPINISTA

Escalo nuvens
espumas de OMO ou Bozzano
para lhe encontrar
e ficar no mesmo plano
Escalo nuvens
flocos de neve e até algodões doces
para lhe abraçar como um panda
na ciranda do céu
Escalo nuvens
e nada me impede
sede fome
altura febre
de lhe seguir
e poder sentir todo esse azul
dessa paisagem
uma viagem a olho nu
que reluz e glorifica
toda a aventura
na ruptura do ventre de um sonho cru
Escalo nuvens
e nada me intercepta
OVNI's pipas meteoros
gaviões urubus e toda sorte de insetos
aviões balões e mísseis
Escalo nuvens
as minhas botas flutuam
e as minhas luvas protegem as minhas mãos
e os óculos os meus olhos sempre alertas
caso você escorregue
para puxar pela penugem
alguma nuvem
e amortecer a sua queda
e dela fazer um aconchegante travesseiro

Carlos Roberto Gutierrez
 
 
 
 
 

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