POESÓ

TUDO PODE VIRAR PÓ
OU
POEMA





















domingo, 4 de maio de 2014

PAGU

PAGU

foto de Poemática.

MULHER DE VERDADE

Patricia Galvão
explosão de sentimentos
encanto irreverente
frescor sem frescurites
baforadas impertinentes
tabaco aromático
perfume envolvente
de cabelos soltos e revoltos
ou presos dentro de uma charmosa boina
Pagu sem chabu
poema em forma de mulher
anos luz à frente do seu tempo
Pagu
despojada
natural ou maquiada
a verdade está dentro dos olhos
e mais ainda flagrante no container do coração
Pagu Hey Pagu
mulher em forma de sonho masculino
com roupas transparentes
a fina e delicada lingerie que tece um poema
Pagu
modernista anarquista indolente
frequente em meus olhos carentes
de uma mulher de verdade

Carlos Roberto Gutierrez

ESPECIAL DIA DA MULHER!

poema em forma de Pagu

A escritora, poeta, diretora de teatro, tradutora, desenhista e jornalista brasileira Patrícia Rehder Galvão, a Pagu, falava palavrões, tinha muitos namorados, fumava na rua, usava roupas transparentes, mantinha os cabelos arrepiados, era amante de Oswald de Andrade (há controvérsias). 'Não ligo para o que você pensa.'

Militante ardorosa, Pagu foi a primeira mulher presa no Brasil por motivações políticas.
 
 
 

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