POESÓ

TUDO PODE VIRAR PÓ
OU
POEMA





















sexta-feira, 13 de junho de 2014

Nalgum Lugar

Eu estava ali sentada falando ao meu vestido
Uma coisa à toa, por acaso boa
No final do verão-tropical-azul
Eu era uma cifra, charada por vezes.
Mas tinha graça, pra entender
Sua escola de idiomas lusitana.
E o caração bate sempre do mesmo jeito
Aqui era uma mão, era uma alegria, prossigo redundando
Era uma mensagem que eu não compreendia.
Eu estava ali saindo num gesto falado
Procurando becos, portão ou lampião
E o ciclo que inicia é o que parecia
Que coisas acontecem
Pegam de surpresa e acham a rotação.
E o coração bate sempre do mesmo jeito
Tinha lentes, em outras coisas via os dois rostos
Na avenida daquele samba, a se revelarem
Um desfolhar que agora eu já entendia
Muito além do que quero chegar
Via em mim o impossível ou possível, apenas
Talvez, o coração bate sempre do mesmo jeito


Desirée Gomes





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