POESÓ

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OU
POEMA





















quinta-feira, 12 de junho de 2014

Olhos de Ressaca

Olhos de Ressaca
E na estreita calçada dos meus sentidos
desfila sua sintaxe enigmática
aos meus olhos de ressaca
Desordenado, breve ou tarde,
clareia com preto e branco
minhas cores zebradas
Sim, as cartas já foram postas
a mesa forrada em tom azulado
um réu a espera do outro a caminhar
pelos trilhos reluzentes do inimaginável.
Os flocos de neve entram leves como numa valsa
na chaminé voluptuosa sedenta por dizeres abrasivos
Uma efêmera pretensão de seus pensamentos descongelar.
Me faz companhia ao café fraco?
Enquanto isso podemos destilar emoções toleráveis
até que o cálice transborde ao relento
os medos vencidos
os estilhaços se juntam
dizendo um ao outro como frágeis são os limites,
um relicário 


.

Os sonhos, acordada ainda os verei,
desfilando em minha calçada.

Desirée Gomes

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